O Novo Modelo Curricular e de Docência para a 5.ª e 6.ª Classes resulta da necessidade de melhorar a qualidade do processo de ensino-aprendizagem no III Ciclo de Aprendizagem do Ensino Primário.
Havendo a necessidade de se aprovar o Plano Operacional de Implementação do Novo Modelo Curricular e de Docência para a 5.ª e 6.ª Classes que define um conjunto de actividades que servirão de normas orientadoras junto dos Serviços Locais da Educação, nos termos do artigo 27.º da Lei n.º 32/20, de 12 de Agosto, que altera e republica a Lei n.º 17/16, de 7 de Outubro - Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino;
O Presidente da República decreta, nos termos da alínea d) do artigo 120.º e do n.º 1 do artigo 125.º, ambos da Constituição da República de Angola, o seguinte:
A educação é um processo dinâmico e exige dos sistemas educativos constantes acções para a melhoria da qualidade do ensino e das aprendizagens. Neste sentido, para alinhar o nosso Sistema de Educação e Ensino às novas realidades e necessidades do País, o Governo Angolano aprovou a Lei n.º 32/20, de 12 de Agosto, que altera e republica a Lei n.º 17/16, de 7 de Outubro - Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino.
A alteração desta lei impõe novos desafios ao Sistema de Educação e Ensino, particularmente no Ensino Primário. A alínea b) do n.º 3 do artigo 27.º orienta a regulamentação, em diploma próprio, da docência na 5.ª e 6.ª Classes. A esta orientação acresce a necessidade de inserir e massificar as principais línguas de comunicação internacional em todos os subsistemas de ensino, com prioridade para o ensino das línguas inglesa e francesa, bem como expandir e generalizar a utilização das demais línguas de Angola no sistema educativo (n.° 2, 3 e 4 do artigo 16.º da Lei n.º 17/16, de 7 de Outubro).
Estes desafios abriram precedentes para a reestruturação da matriz curricular do III Ciclo de Aprendizagem do Ensino Primário com o objectivo de, entre outros aspectos: (i) reduzir o número excessivo de disciplinas; (ii) melhorar o desempenho escolar das crianças em habilidades elementares, como leitura, escrita e cálculo, ao concluírem o Ensino Primário; (iii) reduzir o número de professores sem formação pedagógica; (iv) articular o currículo do Ensino Primário com a formação docente para esse respectivo nível de ensino.
O Novo Modelo Curricular e de Docência obedece a um quadro de referência ancorado em princípios e fundamentos das tendências pedagógicas progressistas, da teoria sócio-construtivista da aprendizagem e na integração curricular, com base em metodologias activas e participativas, com uma abordagem «STEAM» (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).
Outrossim, este novo modelo é materializado, por um lado, nos preceitos da Estratégia de Longo Prazo - Angola 2050, que preconiza o melhoramento do currículo e a promoção do acesso à aprendizagem digital, como forma de abranger todas as crianças do País e alcançar ganhos de eficiência. Significa que todos os cidadãos residentes em Angola devem ter acesso a um ensino de qualidade e devem estar munidos dos conhecimentos e das competências necessárias, de modo a contribuir para o crescimento inclusivo e o progresso nacional.
Por outro, no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-2027, enquanto principal instrumento de planeamento de médio prazo que prioriza a implementação do Programa de Expansão e Modernização do Sistema de Ensino. De igual modo, está alinhada aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), bem como as metas e aspirações enquadradas na Agenda 2063 da União Africana (UA) que o Estado Angolano é signatário.
Os objectivos, metas e resultados esperados orientam a implementação do Novo Modelo Curricular e de Docência na 5.ª e 6.ª Classes, a fim de garantir o sucesso e a eficácia do processo. Esses elementos fornecem uma direcção clara e mensurável, permitindo que todos os envolvidos compreendam as expectativas e trabalhem de forma coesa para alcançá-los.
Tabela 1 - Indicadores e Metas até 2028
N.º | Indicadores | Metas | |||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
2024/2025 | 2025/2026 | 2026/2027 | 2027/2028 | TOTAL | Natureza | ||
1 | Número de alunos matriculados no ensino primário na 5.ª classe, que beneficiam do programa | 17 017 | 192 686 | 235 014 | 287 240 | 731 957 | Acumulada |
Número de alunos matriculados no ensino primário na 6.ª classe, que beneficiam do programa | 14 649 | 165 879 | 202 317 | 247 277 | 630 122 | Acumulada | |
TOTAL DE ALUNOS DA 5.ª E 6.ª CLASSE | 31 666 | 358 565 | 437 331 | 534 517 | 1 362 079 | Acumulada | |
2 | Número de professores titulares que leccionam a 5.ª e a 6.ª classe no ensino primário, que beneficiam do programa | 720 | 860 | 917 | 1 089 | 3 586 | Acumulada |
3 | Número de professores coadjuvantes a leccionarem a 5.ª e a 6.ª classe no ensino primário, que beneficiam do programa | 54 | 65 | 70 | 80 | 269 | Anual |
4 | Número de escolas do ensino primário que leccionam a 5.ª e a 6.ª classe, seleccionadas | 144 | 1 815 | 1 936 | 2 299 | 6 194 | Anual |
5 | Número de inspectores e supervisores escolares, que beneficiam do programa | 54 | 65 | 70 | 80 | 269 | Anual |
6 | Número de subdirectores pedagógicos, que beneficiam do programa | 144 | 1 815 | 1 936 | 2 299 | 6 194 | Anual |
7 | Número de equipamentos informáticos para alunos da 5.ª e 6.ª Classe, das escolas seleccionadas | 31 666 | 399 124 | 425 732 | 505 557 | 1 362 079 | Anual |
8 | Número de equipamentos informáticos para professores titulares e coadjuvantes, das escolas seleccionadas | 774 | 924 | 986 | 1 171 | 3 855 | Anual |
9 | Número de equipamentos informáticos para inspectores, supervisores e subdirectores pedagógicos, das escolas seleccionadas | 198 | 1 879 | 2 005 | 2 381 | 6 463 | Anual |
A concepção de um Novo Modelo de Gestão da Docência na 5.ª e 6.ª Classes resulta da necessidade de se estabelecer as condições, o modo de organização e o funcionamento, bem como os princípios orientadores da docência no III Ciclo de Aprendizagem. Neste sentido, definiu-se, como modelo de docência para este ciclo, a monodocência coadjuvada. Isto significa que as turmas serão asseguradas por um professor titular da turma que será coadjuvado por até 2 (dois) professores, em componentes curriculares específicas.
Este modelo, como referido anteriormente, encontra sustentação em 2 (dois) pressupostos legais, nomeadamente: (i) na alínea b) do n.º 3 do artigo 27.º da Lei n.º 17/16, de 7 de Outubro, e (ii) no n.º 4 do artigo 44.º do Decreto Presidencial n.º 162/23, de 1 de Agosto, que aprova o Regime Jurídico do Ensino Primário e Secundário do Subsistema do Ensino Geral, o qual estabelece a possibilidade de, na 5.ª e 6.ª Classes, os professores das escolas primárias, que leccionam em regime de monodocência, serem coadjuvados em componentes curriculares específicas.
A implementação do novo modelo de docência e da respectiva proposta curricular para a 5.ª e 6.ª Classes decorrerá progressivamente num período de 5 (cinco) anos, compreendendo 5 (cinco) fases: (i) experimentação, monitoria e avaliação; (ii) 1.ª fase de generalização e monitoria; (iii) avaliação, correcção e 2.ª fase de generalização; (iv) generalização total; e (v) avaliação de impacto, conforme se apresenta na tabela abaixo:
Tabela 2 - Fases de Implementação do Novo Modelo Curricular e de Docência para a 5.ª e 6.ª Classes
Fases | 2024-2025 | 2025-2026 | 2026-2027 | 2027-2028 | 2028-2029 |
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Experimentação, Monitoria e Avaliação | (5ª classe) | (6ª classe) | - | - | - |
1ª Fase de Generalização (monitoria) | - | (5.ª classe) | (6.ª classe) | - | - |
Avaliação, Correcção e 2ª Fase de Generalização | - | - | (5.ª classe) | (6.ª classe) | - |
Generalização Total | - | - | - | (5.ª e 6.ª classes) | - |
Avaliação de Impacto | - | - | - | - | (5.ª e 6.ª classes) |
Para implementar a fase de experimentação, monitoria e avaliação do Novo Modelo Curricular e de Docência na 5.ª e 6.ª Classes, serão desenvolvidas um conjunto de actividades, divididas em tarefas específicas. Essas tarefas detalham o que será abordado em cada etapa da experimentação até à sua generalização. O processo ocorrerá gradualmente e procurará testar o material produzido e monitorar a sua utilização para corrigir eventuais desvios aos princípios da organização curricular do III Ciclo de Aprendizagem do Ensino Primário, quer seja de ordem epistemológica, quer seja de ordem metodológica. Além disso, avaliará os resultados produzidos e já implementados e as práticas didáctico-pedagógicas associadas.
Tabela 3 - Beneficiários das Formações na Fase de Experimentação
Províncias | Professores Titulares | Professores Coadjuvantes | Supervisores e Inspectores | Subdirectores Pedagógicos | Pontos Focais | Total |
---|---|---|---|---|---|---|
Bengo | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Benguela | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Bié | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Cabinda | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Cuando & Cubango | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Cuanza Norte | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Cuanza Sul | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Cunene | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Huambo | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Huíla | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Luanda & Icolo e Bengo | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Lunda Norte | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Lunda Sul | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Malanje | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Moxico & Moxico Leste | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Namibe | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Uíge | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Zaire | 40 | 3 | 2 | 8 | 1 | 55 |
Total | 720 | 54 | 36 | 144 | 18 | 990 |
A formação dos professores experimentadores que asseguram as turmas da 5.ª Classe, das escolas seleccionadas para o primeiro ano de experimentação (2024-2025), decorreu no mês de Agosto do ano 2024, em regime presencial.
No primeiro ano de implementação do projecto, para o caso das línguas de Angola, ocorrerá a criação de condições para a sua inserção, nomeadamente: produção de normativos, elaboração da estratégia de implantação, elaboração dos programas e materiais escritos das várias línguas a serem experimentadas, selecção e formação dos professores e gestores escolares.
Esta opção justifica-se, não só pela necessidade de se definir, primeiramente, uma Estratégia Nacional de Implementação e Expansão do Ensino das Línguas de Angola, mas também pela complexidade que o próprio processo encerra, dada a dimensão do mosaico etnolinguístico angolano, o qual demanda a necessidade de se acautelarem aspectos ligados à formação do corpo docente, o modelo de ensino a adoptar, bem como os critérios para a definição das variantes linguísticas a utilizar como norma oficial para cada uma das línguas já estudadas. Isto significa que a experimentação destas línguas, nas escolas, terá início no ano lectivo 2025-2026.
A implementação das acções referentes às línguas de Angola no Sistema de Educação e Ensino conta com o apoio técnico do Bureau Internacional de Educação (BIE) da UNESCO, da Sociedade Internacional de Linguística (SIL), de especialistas da Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto, do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) de Luanda e do Instituto de Línguas Nacionais (ILN) do Ministério da Cultura.
O modelo curricular e de docência para a 5.ª e 6.ª classes, no quadro deste projecto, demanda a preparação dos agentes da educação e ensino implicados neste processo, nomeadamente professores (titulares e coadjuvantes), supervisores/inspectores pedagógicos, gestores escolares e pontos focais provinciais), à luz do referido modelo. Assim, serão formados, de forma faseada, um total de 10.318 agentes de educação e ensino em serviço, na seguinte ordem: 3.568 professores titulares; 269 professores coadjuvantes; 6.194 subdirectores pedagógicos e 269 supervisores/inspectores pedagógicos.
As acções de formação decorrem em Luanda e a nível regional ou provincial e municipal, nas escolas de magistério. Significa que as formações são desenvolvidas na modalidade de ensino presencial, no modelo em cascata, fundadas numa metodologia interactiva, privilegiando-se os métodos activos (conferências, oficinas, chuva de ideias, debates, elaboração conjunta e outras). A abordagem de cada unidade temática é feita numa perspectiva de integração de saberes curriculares de forma horizontal, isto é, integração de saberes entre as componentes da mesma área curricular e de forma vertical e transversal.
O Programa de Formação é desenvolvido em 3 (três) etapas fundamentais, que correspondem a 3 (três) níveis: formação de nível 1 - nacional; formação de nível 2 - regional ou provincial e; formação de nível 3 - municipal (escola), no período de Julho a Setembro do início de cada ano lectivo. Cada uma das etapas pode compreender diferentes fases, entretanto a formação em cada nível tem a duração de até 2 (duas) semanas. Neste sentido, os planos de formação são constituídos por módulos formativos que têm no mínimo a duração de 30 horas.
O Programa de Formação resulta da avaliação prévia das necessidades de formação dos Agentes da Educação e Ensino que deve permitir estruturar um projecto que o compõe. Por isso, ao longo do processo de implementação do projecto, as formações devem merecer um acompanhamento e monitorização sistemática dos Órgãos Centrais e Locais da Administração do Estado, responsáveis pelo Sector da Educação, devendo a avaliação de impacto ser efectuada conforme o cronograma de implementação do projecto.
O Plano de Estudos proposto para este III Ciclo do Ensino Primário foi organizado da forma que abaixo se segue:
Figura 1 - Plano de Estudo da 5.ª e 6.ª Classes
ÁREAS DE CONHECIMENTO (A.C) | COMPONENTES CURRICULARES (C.C) | CARGA HORÁRIA | |||
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5.ª | 6.ª | Horas Totais por C.C. | Horas Totais por A.C | ||
HUMANIDADES E CIDADANIA | Língua Portuguesa | 6 | 6 | 360 | 720 |
Língua de Angola (CCRC) | 2 | 2 | 120 | ||
Língua Estrangeira (CCRC) | 2 | 2 | 120 | ||
Cidadania e Desenvolvimento | 2 | 2 | 120 | ||
CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E MATEMÁTICA | Matemática | 6 | 6 | 360 | 660 |
Ciências Integradas | 5 | 5 | 300 | ||
EXPRESSÕES | Educação Física e Artística | 5 | 5 | 300 | 300 |
Total de T.L. Semanal | 28 | 28 | 1680 | 1680 | |
Total de T.L. Anual | 840 | 840 | 1680 | ||
Total de Componentes Curriculares | 7 |
A Área de Humanidades e Cidadania é corporizada pelas componentes de língua portuguesa, francesa, as línguas de Angola e a de cidadania e desenvolvimento. Destacam-se o ensino da língua portuguesa como língua de comunicação oficial e de ensino, cujo estudo desempenha um papel central para o desenvolvimento de competências de compreensão e expressão oral e escrita, funcionamento da língua e de literacia literária; com o ensino da língua francesa, é dada aos alunos a possibilidade de interacção precoce com esta língua, promovendo competências linguísticas de comunicação internacional; o ensino das línguas de Angola permite favorecer aos alunos uma compreensão sobre a sua própria identidade (terra, cultura, história e sistema de valores), ao mesmo tempo que se afirmam como cidadãos de um mundo global. Finalmente, o Ensino da Cidadania e Desenvolvimento favorece uma formação ancorada em valores e princípios éticos para uma cidadania consciente, democrática, participativa, humanista e de tolerância, bem como um relacionamento interpessoal saudável e cuidado com o meio ambiente.
A Área de Ciências, Tecnologia e Matemática engloba as componentes de matemática e ciências integradas. A matemática visa desenvolver competências nos domínios de raciocínio e comunicação matemática, organização e tratamento de dados e de resolução de problemas. As ciências integradas propiciam aos alunos uma visão holística dos fenómenos naturais e sociais, evidenciando-se o papel do homem enquanto ser biopsicossocial. Buscam destacar a experiência humana no espaço e no tempo, com base na análise de ideias e processos históricos, geográficos, culturais, económicos, sociais e políticos.
A Área de Expressões é constituída pela componente de Educação Física e Artística. Esta, por sua vez, integra saberes curriculares do domínio das expressões artísticas, físicas e musical, visando proporcionar aos alunos o aperfeiçoamento de habilidades cognitivas, psico-motoras e comportamentais, com base em práticas diversificadas de actividades físicas e desportivas, bem como o desenvolvimento da criatividade, destreza, comunicação e entoação, emoções e da estética, numa perspectiva de formação integral de sujeitos de aprendizagem.
A abordagem dos saberes curriculares que integram as componentes curriculares destas 3 (três) áreas devem ser permeadas pela tecnologia, permitindo aos alunos problematizar as questões sociais e ambientais decorrentes do uso destas, com os devidos cuidados que precisam de ser observados. Significa que a tecnologia, bem como as questões ligadas aos valores morais e cívicos obedecem a um carácter transversal na abordagem dos conteúdos.
Com efeito, a organização deste Plano de Estudo (Figura 1) assenta numa lógica de integração que deve ser operacionalizada com recurso à interdisciplinaridade, intradisciplinaridade, multidisciplinaridade e transversalidade na abordagem dos saberes curriculares. Neste contexto, o aluno é identificado como um sujeito em construção nas suas múltiplas dimensões, considerando a sua realidade sociocultural, histórica, política e económica.
Assim, a implementação deste modelo de organização curricular, na 5.ª e 6.ª Classes, constitui uma oportunidade para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, integrando 3 (três) áreas de conhecimento que serão materializadas em componentes curriculares. Esta integração resultou na redução do número de disciplinas no plano de estudo, numa perspectiva de mudança de um modelo disciplinar fragmentado, vigente, para um modelo de concentração de saberes fundado na «integração curricular» (Beane, 2002).
Este modelo de integração curricular constitui uma tendência universal que visa uma formação integral dos sujeitos de aprendizagem (ONU, 2015) e alinhada à Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM). Com a assunção desta abordagem, objectiva-se uma formação ancorada em conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e princípios éticos (LBSEE, 2017) para uma cidadania consciente, democrática, participativa, humanista e de tolerância, bem como para o desenvolvimento precoce de competências investigativas, comunicativas, colaborativas, de resolução de problemas, de elaboração de projectos e de pensamento crítico, criativo e inovador (Maia et al., 2021; Lorenzin, 2019).
O Presidente da República, JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO.